Demarai Gray tem se mostrado um ótimo custo-benefício para o Everton
Por: Matheus Santana
Poucos torcedores do Everton concordam que o time teve uma boa participação na janela de inverno do mercado de transferências. A maioria irá afirmar que foi uma participação nota 6 — sendo bem otimista.
O técnico Rafael Benítez deixou claro a sua intenção de priorizar contratações que já trabalharam com ele, visando dar a “sua cara” ao time. Nesta linha de pensamento vieram Andros Townsend e Salomón Rondón, que acompanharam Benítez no Newcastle.
No entanto, um jogador “forasteiro” vem se destacando no Goodison Park.
Demarai Gray chegou do Bayer Leverkusen por uma quantia de £1,7 milhões e sem muitas expectativas. Porém, o ponta inglês está tendo um excelente início de Premier League. Em 3 partidas já foram 2 gols e uma indicação ao prêmio de melhor jogador do mês da liga.
Mas não é somente os gols que o credenciam ao patamar de um dos melhores custos-benefícios da competição. Gray tem sido peça-chave na nova filosofia de jogo aplicada pelo treinador espanhol.
Benítez exige não só a velocidade para contra-atacar, mas também uma ética de trabalho constante para auxiliar os laterais na fase defensiva. Assim como Andros Townsend (outra barganha), Demarai Gray está agradando o comandante do Everton, pelo menos neste início de campeonato.
Se quiser continuar a converter chances, será necessário se colocar em melhores situações de chute. Tendo arrematado apenas 1.3 em média por jogo até aqui, a estatística sugere que não conseguirá ser tão clínico por muito mais tempo.
No entanto, Gray não foi contratado apenas para marcar gols. Ele está atuando principalmente devido ao seu conforto em conduzir o seu time para frente e pela seu sacrifício na recomposição.
Ele faz parte de uma sólida linha de quatro no meio-campo. Doucouré e Allan dão o dinamismo necessário para que Gray e Townsend se expandam em campo e criem situações de perigo.
O novo modelo de jogo está sofrendo algumas críticas da torcida azul. Muitos sugerem que o clube está voltando a “era Moyes”: onde a prioridade era o jogo direto e sólido.
Entretanto, o modelo tem rendido frutos até aqui. O Everton tem conseguido pontuar bem no início do campeonato e se manter na parte de cima da tabela. Dentro desta forma de jogo, atletas como Gray são cruciais para poder dar alternativas ao time na construção ofensiva.
Será interessante acompanhar os próximos capítulos da temporada para saber se o inglês de 25 anos terá a constância necessária para se manter em alto nível. A regularidade é o que mais tem prejudicado o seu progresso, uma vez que o talento sempre esteve lá.