O próximo voo da gaivota
Por: Lucas Barboza
A última temporada do Brighton foi histórica: pela primeira vez a equipe terminava entre os 10 primeiros colocados dos Premier League, após sua estreia na competição em agosto de 2017.
Iniciando seu quarto ano no comando dos Seagulls, o time de Graham Potter começou a edição atual com quatro vitórias nas primeiras seis rodadas, incluindo o primeiro triunfo da história do clube em Old Trafford na primeira rodada da Premier League.
Entretanto, se uma saída do treinador sempre fora considerada para substituir Gareth Southgate na Inglaterra, com a demissão de Thomas Tuchel do Chelsea, o clube londrino, agora sob nova direção, procurou o inglês de 47 anos, que teve permissão para negociar sua ida para Stamford Bridge.
Em seu lugar, o bem elogiado Roberto de Zerbi, conhecido por seu trabalho no Sassuolo e que esteve mais recentemente no Shakhtar Donetsk, foi contratado para dar continuidade ao projeto do clube da costa sul inglesa. Apesar de um início complicado do italiano (nenhuma virória em suas cinco partidas iniciais), a primeira veio logo justamente contra o Chelsea de Graham Potter, com um placar de 4 a 1 no Amex Stadium.
Desde a virada do ano, foram apenas duas derrotas pela Premier League e, estabelecendo o time na parte de cima da tabela, e uma classificação para a semifinal da FA Cup, torneio nunca conquistado pelo clube. Nesse período, a equipe ainda perdeu Leandro Trossard para o Arsenal, vendido por 21 milhões de libras, mas a ótima temporada de Karou Mitoma, com 10 gols marcados em todas as competições, faz com que ninguém sinta muitas saudades do belga.
Se o futuro do Brighton parece com ótimas perspectivas, a manutenção de Roberto de Zerbi, que vem sendo cogitado para substituir novamente Graham Potter, agora no Chelsea, ou até mesmo outro italiano, no caso Antonio Conte, que deixou o Tottenham no mês passado, deve ser prioridade no clube. É claro que a diretoria poderia acertar novamente e trazer alguém que conseguisse manter o desempenho da equipe ou até evoluí-la, como De Zerbi fez, mas a continuidade sempre foi a palavra chave no projeto do clube.
A venda de jogadores por alto valores, outra marca registrada do Brighton, também é algo que deve ser mantida. Se nessa temporada, apenas as vendas de Marc Cucurella (Chelsea), Neal Maupay (Everton) e o já citado Trossard renderam mais de 90 milhões de libras para os cofres da equipe, essa é uma política que deve continuar, com Moisés Caicedo, que já foi procurado em janeiro por Arsenal e Chelsea, sendo o próximo candidato para gerar uma fortuna ao time.
Faltando pouco menos de dois meses para o fim da temporada e ocupando a sétima colocação da Premier League, a equipe ainda sonha com uma inédita participação em competição europeia, que ainda também pode vir acompanhada do troféu mais antigo da história do futebol.
