O início irregular do Aston Villa na Premier League
Podemos dizer que o “hype” do Aston Villa para a temporada 2021/22 foi bem elevado. Contratações como Danny Ings, Leon Bailey e Emiliano Buendia, após a venda de Jack Grealish, mostravam que as pretensões do clube não eram de apenas figurar no meio de tabela como foi em 2020/21.
Porém, são três vitórias, um empate e quatro derrotas na atual temporada da Premier League, sendo a última diante do Wolverhampton, em uma virada na qual o time vencia por 2 a 0 até os 35 da etapa final. Afinal, o que envolve esse início cheio de altos e baixos dos The Villans?
Existe um ditado que fala: em time que está ganhando, não se mexe. Mas não é bem isso que ocorre no Aston Villa. O início de temporada, na derrota para o Watford por 3 a 2, o time iniciou com um 4–2–3–1, passando por um 4–3–3 na vitória por 2 a 0 diante do Newcastle, 4–1–4–1 no empate contra o Brentford por 1 a 1, 3–5–2 nos jogos diante do Chelsea, Everton e Manchester United, até chegar no 3–4–1–2 no duelo contra o Wolverhampton.
Há um motivo interessante nas mudanças táticas. O primeiro é evidente: explorar o poderio ofensivo dos laterais Cash e Targett, conhecidos por apoiarem bem o ataque. Isso é extremamente benéfico, visto que ambos defensivamente são frágeis e com essa liberdade para apoiarem e cruzarem na área, os atacantes se aproveitam bem.
A defesa é sem dúvidas o ponto frágil desse sistema. Tyrone Mings, Ezri Konsa, Axel Tuanzebe e Kourtney House são os quatro defensores disponíveis no elenco, sendo Mings o nome de confiança, porém, não vem tão bem como na última temporada, que fizeram com que ele fosse convocado a seleção da Inglaterra. Na janela de transferências, faltou um nome de mais bagagem para defesa, sendo Tuanzebe a opção de emergência para o setor.
O meio campo é o setor mais organizado do time. McGinn vive ótimo momento, assim como o brasileiro Douglas Luiz. Mas há outro grande problema: as táticas não tem favorecido Emiliano Buendia, em tese o nome para “substituir” Grealish.
No ataque, Ings e Watkins formam uma das principais duplas da Premier League. Ambos gostam de pressionar na saída de bola, tem técnica e bons na finalização. Porém e se um deles se lesionar, quem assume a titularidade? Wesley foi emprestado ao Brugge por desejar tempo de jogo, coisa que não vem tendo na equipe belga por conta da ótima fase do jovem Charles de Ketelaere. Provavelmente, teria no Villa, mesmo sendo reserva.
A jornada é longa e ficar distante da briga por competições europeias seria um tremendo desastre para uma equipe que tanto investiu para a atual temporada.